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Jovens mudam a realidade ao estimular o desenvolvimento de soluções para o descarte de lixo na comunidade

Em apenas um mês de atividades, o projeto Barca Saneada, idealizado pela Águas do Pará e executado em parceria com a Agência Pituri, já deixou marcas que vão muito além da sala de aula na Vila da Barca, uma das maiores comunidades sobre palafitas da América Latina, localizada no bairro do Telégrafo, em Belém. Jovens, que antes observavam o descarte de lixo como um problema distante, agora são protagonistas de pequenas, porém poderosas, soluções coletivas que começam a redesenhar a rotina e o olhar dos moradores sobre o próprio território.

Durante as oficinas, os participantes criaram ganchos de madeira para pendurar o lixo (foto acima), com mensagens de incentivo à preservação ambiental e instalados nas áreas mais movimentadas da comunidade. O gesto simples, um estímulo para que os resíduos sólidos não sejam jogados em locais inadequados, transformou a paisagem e facilitou o trabalho dos coletores. Foram distribuídas 29 plaquinhas e 10 composteiras (recipiente para transformar resíduos orgânicos em adubo) construídas pelos próprios alunos, a partir do aprendizado em aulas práticas no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, em um dos módulos oferecidos pelo Barca Saneada. São instrumentos que agora alimentam a ideia de que o cuidado com o meio ambiente começa dentro de casa.

A moradora e aluna Carla Contente (foto abaixo) viu a própria rotina e a dos vizinhos se modificarem. “A Carla de setembro pra Carla de novembro mudou bastante. Nós fizemos um tour pela Vila, conversamos com moradores, confeccionamos as plaquinhas e entregamos. Os coletores elogiaram, disseram que agilizou muito o trabalho. Alguns restaurantes daqui já estão usando as composteiras que fizemos, e em breve terão seu próprio adubo para criar hortas em casa”, contou.

O projeto também cruzou as margens da cidade: na Ilha do Combu, os jovens da Vila tocaram carimbó e lundu com a Orquestra Ribeirinha da Amazônia, usando instrumentos confeccionados a partir de resíduos sólidos. Essa integração cultural simbolizou o novo som que ecoa da Vila da Barca: o da transformação. Para Elisabeth Serra, avó da Emily, uma das jovens abraçadas pela iniciativa, o impacto foi visível até dentro de casa. “Minha neta só vivia trancada. Agora, com o curso, se comunica mais e se expressa melhor. E as plaquinhas que eles fizeram são tão bonitas que fazem a gente refletir sobre o meio ambiente.”

O encerramento do projeto Barca Saneada ocorreu no dia 13 de novembro, com a certificação dos 20 jovens participantes. A cerimônia ocorreu na sede da Associação de Moradores da Vila da Barca e contou com discursos emocionados dos alunos e uma breve roda de carimbó, símbolo da energia cultural e da união construída ao longo das semanas de aprendizado.

Segundo Gerson Bruno, presidente da Associação de Moradores da Vila da Barca, o projeto chegou no momento certo. “A Vila vive uma grande transformação — água encanada, obras de esgoto — e ver essa juventude pensando em soluções para a questão dos resíduos é muito importante. A mensagem que vem em cada plaquinha mostra o cuidado e o amor que temos por essa comunidade”.

Para Mariana Sena, gerente de Responsabilidade Social da Águas do Pará, o Barca Saneada traduz o propósito de um saneamento que também é social. “É muito positivo ver a solução pensada pelos alunos já implementada, com moradores engajados. Essa prática de pendurar o lixo em vez de descartar sob as palafitas é apenas uma vertente visível do impacto. Há uma transformação profunda nesses jovens, que agora enxergam novas perspectivas e constroem soluções coletivas para o futuro da Vila”.

Sobre a Águas do Pará
A Águas do Pará será responsável pelos serviços de água e esgoto em 126 cidades do estado, com atuação na Região Metropolitana de Belém – incluindo a Capital -, Marajó, Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Baixo Amazonas. Estão previstos mais de R$ 18,7 bilhões em investimentos durante os 40 anos de contrato – o maior investimento da história do saneamento na Amazônia Legal.

Em Belém, Ananindeua e Marituba, a operação definitiva foi antecipada e iniciou-se em 1º de setembro. Nas demais cidades, a concessionária está em operação assistida, quando acontece a transição dos serviços.

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